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Arquivo do mês: julho 2017
Aula de canto
Devíamos aprender a cantar com o amolador, a lavadeira e o vendedor de loteria além da voz, de quebra viria a lança afiada, a alma lavada e a sorte traçada…
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A paixão
A paixão é um solo de sax, rasgante. É um pedaço de manga, uma bomba, uma nuvem gorda, é meu gozo carimbado na pilastra de mármore. A paixão é a dormência dos órgãos, um sopro gelado, é a carne salgando … Continuar lendo
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As mãos
As mãos são muito donas das coisas. Tudo veem. Para tudo impressões, muitas. Há uma arrogância nos movimentos, na contração das falanges, no entrelaçar demasiado elegante dos dedos. As unhas garras. Diante do fogo as mãos se cruzam, as mãos … Continuar lendo
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Ampulheta
Uma vez eu li que somos filhos do nosso tempo e não do nosso lugar! Então não importa se estamos cá ou lá! Vivemos esse tempo, essas lamúrias. Será que algum dia a memória vai nos deixar em paz? Eu … Continuar lendo
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As coisas
Talvez ela esteja ficando velha! Antes ela era tão prática. Agora se demora passeando os dedos pelas letras dos jornais guardados, amarelos, muito amarelos. É como se aquelas coisas fossem trazer as outras coisas de volta. Ela não quer jogar … Continuar lendo
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