Arquivo do autor:Luísa Bahia

Sobre Luísa Bahia

Artista residente em BH, 27 anos. Atriz, cantora, dramaturga, diretora e poeta. Atualmente circula com seu solo teatral RISCO, prepara seu show autoral e conduz oficinas de artes integradas. Investiga a VOZ em seus múltiplos sentidos: som, movimento, palavra, escrita, cena e manifestação da nossa presença no mundo.

tatuada

eu queria ter a pele tatuada, toda ela. desenhada com as minhas palavras de valor, pra não cair na vala das linhas tortas, dos espaços abismos. ter rabiscados os impulsos mais certeiros e o carimbo dos dias de paz. nenhum … Continuar lendo

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Aula de canto

Devíamos aprender a cantar com o amolador, a lavadeira e o vendedor de loteria além da voz, de quebra viria a lança afiada, a alma lavada e a sorte traçada…

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A paixão

A paixão é um solo de sax, rasgante. É um pedaço de manga, uma bomba, uma nuvem gorda, é meu gozo carimbado na pilastra de mármore. A paixão é a dormência dos órgãos, um sopro gelado, é a carne salgando … Continuar lendo

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As mãos

As mãos são muito donas das coisas. Tudo veem. Para tudo impressões, muitas. Há uma arrogância nos movimentos, na contração das falanges, no entrelaçar demasiado elegante dos dedos. As unhas garras. Diante do fogo as mãos se cruzam, as mãos … Continuar lendo

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Ampulheta

Uma vez eu li que somos filhos do nosso tempo e não do nosso lugar! Então não importa se estamos cá ou lá! Vivemos esse tempo, essas lamúrias. Será que algum dia a memória vai nos deixar em paz? Eu … Continuar lendo

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As coisas

Talvez ela esteja ficando velha! Antes ela era tão prática. Agora se demora passeando os dedos pelas letras dos jornais guardados, amarelos, muito amarelos. É como se aquelas coisas fossem trazer as outras coisas de volta. Ela não quer jogar … Continuar lendo

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Carta para Janis Joplin

Cara Janis Joplin, Te escrevo do futuro, de um caótico 2016. O ar é denso, muitos descabimentos e conservadorismos por aí. Neste novo milênio ainda bradamos por liberdades que você já cantava nos anos 60. Sou uma garota latino-americana, brasileira, … Continuar lendo

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Uma montanha chamada mulher

Nasci em 1989, ano em que o muro caiu. Esquerda, direita, volver, olha o golpe, Brasil! Eu sou um triângulo equilátero vermelho. Sou um quadrilátero ferrífero em desespero. Eu jorro leite, diamante. Não, não me venha com falsas carícias! Não … Continuar lendo

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Carnoficina

Eu alugo o meu coração Pra bater em um peito mais leve Pra bombear uma tristeza breve Eu alugo o meu fígado Pra melhorar o humor dos dias Embriagar o tom das noites Eu alugo o meu cerebelo Pra equilibrar … Continuar lendo

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Road movie inside

Eu queria ser uma índia Eu queria estar numa espaçonave Talvez ser uma bruxa Alguém que só esteja pacientemente esperando um ônibus Eu queria ser a dona do seu coração Eu queria estar roubando uma jabuticaba Dando comida às galinhas … Continuar lendo

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